sexta-feira, agosto 05, 2005

Uma velha história

acordei meio zonzo hoje. atrasado. bebi muita cerveja na noite passada. estava pelo Leblon, com grandes amigos. ela passou na minha frente, mas não me viu. eu estava no bar, sentado. só a vi de costas e achei melhor não chamar. nem me aproximar. eu estava esperando ela retornar minha ligação e sabia que o faria. eu também sabia o que ela iria dizer.
estava cansada e não iria sair. eu precisava saber se isso era algum tipo de desculpa constante e se eu estava sendo inconveniente. precisava saber se era melhor deixar tudo de lado. ela me deu uma luz, enfim. disse que eu não estava sendo chato, e que eu poderia ligar quando quisesse. ótimo. andava pensando muito sobre essa situação e agora parece que terei algum sossego.
talvez todo aquele peso tenha verdadeiramente abandonado meu peito. mais parecia uma garra arranhando meu coração, fazendo aquele som rascante, agoniante e ensurdecedor. se toda aquela carga emocional ainda me habitasse, eu não conseguiria pensar em outra garota direito. mas bem, essa é uma velha história. de vez em quando alguns baús são abertos e redescobrimos sonhos há muito enterrados, empoeirados. sonhos esquecidos e soterrados por outras vontades, pensamentos, idades, beijos, lugares, etc. tudo tem o seu tempo, sua época para acontecer, e não é bom contrariar esta lei. acho que relacionamentos que tive há muito tempo atrás talvez dessem mais certo hoje em dia. o tempo é responsável por muita coisa, se não por todas elas. muitas coisas mudam com ele, mas outras são conservadas. ah, eu conservei essa vontade. eu nunca imaginei que fosse provável, nem possível. talvez eu tenha dado sorte. não podemos dar azar sempre.

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