minha vontade era esquecer de tudo, esquecer como isso tudo começou e por que começou. só tem me dado dor de cabeça, gerado arrependimento e me feito perder tempo. mas sinto-me incapaz de deixar essa história de lado e por isso torno a pensar constantemente nisso. vindo para o trabalho, quase perdi meu ponto. voltei a mim bem a tempo.
a entrada de Furnas estava cheia de gente. voltavam do almoço e chegavam na mesma hora que eu às catracas. odeio multidões e detesto pessoas andando a minha frente. tentei me livrar da maior parte delas e acabei passando rapidamente pela catraca. eu gosto de andar sozinho, livre, sem ter ninguém à frente. sem obstáculos. e então voltei a pensar sobre o assunto.
é que ontem eu me enfiei naquela sórdida caixinha de fósforos ridiculamente à toa! bem, nem tão à toa. agora pelo menos eu sei que não devo voltar lá tão cedo. mais uma vez eu quebrei a cara, mais uma vez ela não estava lá. menina-fantasma. impossível! parece que ela não existe! devia ter combinado com ela em vez de tentar fazer algum tipo de surpresa. mas eu tinha CERTEZA de que ela estaria lá, não tinha erro. essa garota é completamente imprevisível! e invisível.
eu já não sei mais o que fazer. o que me prende a isso tudo é o fato dessa história estar interminada. na verdade, ela sequer está bem começada. é como uma dinamite que alguém acendeu o pavio mas não estourou. falhou. talvez um chute faça a bomba explodir. talvez eu próprio precise de um chute.
sexta-feira, julho 29, 2005
quarta-feira, julho 27, 2005
O que fazer?
eu já não sei mais o que imaginar, o que esperar ou se devo esperar. gostaria muito de saber o que se passa naquela bela cabecinha. tão perto, tão longe, tanto mistério. e eu tão inseguro ao dar meus primeiros passos sozinho após minha última queda. eu tenho que voltar atrás, engatinhar. sei que não devo desistir. é algo que durante muito tempo eu quis, e agora que estou tão perto de alcançá-la eu não posso me sentir pequeno. mas ela é tão maior.
talvez tudo não tenha passado de um grande desintendimento. eu e minha mania de fazer tempestade no copo d'água. não é o fim do mundo. quem sabe, o início de um outro. bem, isso também seria uma espécie de exagero. digamos ser uma luz no fim do túnel. uma luz ainda muito fraca, oscilante. projeta uma única sombra, indecifrável aos meus olhos fotofóbicos. eu tenho que voltar a me acostumar à claridade. só assim passarei a entender esses pequenos enigmas.
estou encarando esse telefone desde ontem. a vontade é discar, mas a insegurança me trava. o que tenho a perder? acho que perderei muito mais se não ligar. porra, tem horas que a timidez deveria ser extinta daqui. ela faz esse maldito aparelho pesar toneladas. eu não sei o que dizer pra ela. será que ela tem algo pra me dizer? o jeito é arriscar. e o mínimo que eu ganharei será alguns posts a mais por aqui.
talvez tudo não tenha passado de um grande desintendimento. eu e minha mania de fazer tempestade no copo d'água. não é o fim do mundo. quem sabe, o início de um outro. bem, isso também seria uma espécie de exagero. digamos ser uma luz no fim do túnel. uma luz ainda muito fraca, oscilante. projeta uma única sombra, indecifrável aos meus olhos fotofóbicos. eu tenho que voltar a me acostumar à claridade. só assim passarei a entender esses pequenos enigmas.
estou encarando esse telefone desde ontem. a vontade é discar, mas a insegurança me trava. o que tenho a perder? acho que perderei muito mais se não ligar. porra, tem horas que a timidez deveria ser extinta daqui. ela faz esse maldito aparelho pesar toneladas. eu não sei o que dizer pra ela. será que ela tem algo pra me dizer? o jeito é arriscar. e o mínimo que eu ganharei será alguns posts a mais por aqui.
segunda-feira, julho 25, 2005
Sintomas
de volta à rotina. segunda-feira é dose. sempre chego no trabalho destruído, moído, cansado demais pra conseguir me mexer. e hoje é uma segunda-feira-pós-domingo-frustrado, o que torna as coisas ainda mais difíceis. de certa forma, eu sabia que ontem eu estava enganado mais uma vez. talvez eu tenha apenas dormido demais.
quando eu realmente quero alguma coisa, eu corro atrás dela. quando eu me importo, eu faço por onde. tenho motivos para estar um pouco decepcionado. acho que frustrado é o melhor adjetivo. eu posso ter acreditado demais, ou quisto demais e por isso a queda foi grande. eu costumo fazer esse tipo de tempestade no copo d'água.
ser pessimista tem seus pontos positivos (estranha frase). esperar o pior é estar preparado. é uma qualidade inerente às pessoas que já estão acostumadas a dar com a cara no chão.
ainda não sei se devo me considerar um otário, pobre menino bobo e ingênuo. é muito cedo para isso e ao mesmo tempo muito tarde para eu recuperar toda a crença que eu tinha de que alguma coisa poderia dar certo. eu! um cara de baixa auto-estima que não fala as coisas da boca pra fora. não, essa baixa auto-estima não é de hoje. parece que eu já nasci com ela e nunca consegui me desvencilhar deste mal. chega a parecer piegas, e até mesmo modístico (já que a onda do momento é aparentar estar sempre triste), porém, quem realmente me conhece sabe que eu estou quase sempre alegre, de bom humor. mas a baixa auto-estima está lá, de braço dado comigo, me alfinetando e cochichando besteiras ao meu ouvido.
estou cansado demais até mesmo para pensar sobre o que aconteceu ontem. ou melhor, sobre o que não aconteceu. se vier a acontecer, ótimo, mas não quero me iludir. nossa, estou indo muito longe com isso! não é assim. estou me escorando em palavras largadas, e não em sentimentos concretos. isso é um grande mal. sintomas de otimismo.
quando eu realmente quero alguma coisa, eu corro atrás dela. quando eu me importo, eu faço por onde. tenho motivos para estar um pouco decepcionado. acho que frustrado é o melhor adjetivo. eu posso ter acreditado demais, ou quisto demais e por isso a queda foi grande. eu costumo fazer esse tipo de tempestade no copo d'água.
ser pessimista tem seus pontos positivos (estranha frase). esperar o pior é estar preparado. é uma qualidade inerente às pessoas que já estão acostumadas a dar com a cara no chão.
ainda não sei se devo me considerar um otário, pobre menino bobo e ingênuo. é muito cedo para isso e ao mesmo tempo muito tarde para eu recuperar toda a crença que eu tinha de que alguma coisa poderia dar certo. eu! um cara de baixa auto-estima que não fala as coisas da boca pra fora. não, essa baixa auto-estima não é de hoje. parece que eu já nasci com ela e nunca consegui me desvencilhar deste mal. chega a parecer piegas, e até mesmo modístico (já que a onda do momento é aparentar estar sempre triste), porém, quem realmente me conhece sabe que eu estou quase sempre alegre, de bom humor. mas a baixa auto-estima está lá, de braço dado comigo, me alfinetando e cochichando besteiras ao meu ouvido.
estou cansado demais até mesmo para pensar sobre o que aconteceu ontem. ou melhor, sobre o que não aconteceu. se vier a acontecer, ótimo, mas não quero me iludir. nossa, estou indo muito longe com isso! não é assim. estou me escorando em palavras largadas, e não em sentimentos concretos. isso é um grande mal. sintomas de otimismo.
domingo, julho 24, 2005
A sujeira que ficou pra trás
há dias que parecem cooperar com nossas vontades. às vezes eu levanto e parece que tudo vai funcionar, que tudo vai sair do jeito que eu quero. na maioria das vezes eu acabo descobrindo que eu estava enganado e que simplesmente eu havia dormido demais, e isso de certa forma me conforta. viver sem grilhões é ótimo. sem preocupações, sem ter o coração agarrado a qualquer ser mundano. bem, eu sinto falta deste sentimento, e agora eu me pego contradizendo-me.
a verdade é que eu já cansei de tomar porradas psicológicas, cansei de me decepcionar, cansei de ver pessoas se transformarem. é a história da lagarta que sai do casulo para bater asas para bem longe. nunca mais volta para limpar a sujeira que ficou pra trás, e esquece de sua origem. simplesmente esquece. bom, ainda quero continuar tentando.
me sinto mais leve hoje em dia. acho que já estou quase recuperado, quase podendo levantar o rosto e fitar os olhos de quem me feriu amargamente. e eu a abraçaria, engolindo mágoas, engolindo qualquer sentimento perdido nos recônditos de minha pessoa. eu sei que ela é uma boa pessoa. ela apenas fez o melhor pra ela. quando o assunto é ser feliz, devemos ser egoístas mesmo. mandar tudo às favas e seguir da maneira que melhor nos convir.
a lua brilhou bastante ontem e o sol me pareceu menos poligonal esta manhã. espero que desta vez eu não esteja enganado.
a verdade é que eu já cansei de tomar porradas psicológicas, cansei de me decepcionar, cansei de ver pessoas se transformarem. é a história da lagarta que sai do casulo para bater asas para bem longe. nunca mais volta para limpar a sujeira que ficou pra trás, e esquece de sua origem. simplesmente esquece. bom, ainda quero continuar tentando.
me sinto mais leve hoje em dia. acho que já estou quase recuperado, quase podendo levantar o rosto e fitar os olhos de quem me feriu amargamente. e eu a abraçaria, engolindo mágoas, engolindo qualquer sentimento perdido nos recônditos de minha pessoa. eu sei que ela é uma boa pessoa. ela apenas fez o melhor pra ela. quando o assunto é ser feliz, devemos ser egoístas mesmo. mandar tudo às favas e seguir da maneira que melhor nos convir.
a lua brilhou bastante ontem e o sol me pareceu menos poligonal esta manhã. espero que desta vez eu não esteja enganado.
sexta-feira, julho 22, 2005
Ah, a surpresa!
saí mais tarde de casa hoje e, por incrível que pareça, cheguei mais cedo do que nos outros dias da semana. saltei do ônibus e já sabia o que me esperava nas calçadas infectas: mais pessoas, mais merda, mais fumaça, mais panfleteiros. uma coisa que me irrita nesses panfleteiros é aquela batidinha que eles dão com os papéis pra chamar a atenção da gente. eles não podem chamar a atenção. panfleteiros têm de agir na espreita, de supetão. ninguém nunca está interessado em receber porcarias na rua, então o encarregado desta terrível tarefa já começa com um grave problema. ele tem de ser rápido, simpático e direto. eu tenho alguma experiência no assunto, afinal, já são alguns anos divulgando shows pelas ruas.
quem nunca aceitou panfletos por pena do entregador? eu já cansei disso, e agora eu prefiro ignorar. cada um que eu ignoro é uma pontada na minha simpatia. ah, mas pensando bem, o cara já tá cansado de ser ignorado diariamente. um solitário nas ruas lotadas. um paradoxo vivo em cada esquina.
como já havia dito, cheguei mais cedo. the boss isn't here, o que torna minha sexta-feira muito menos apreensiva e dez vezes mais tranqüila. muito mais produtiva também, pois não recebo nenhuma outra tarefa aleatória e sem importância das mãos da querida "tia", tais como empacotar bugingangas, pendurar quadros, etc. aproveitei para pensar um pouco mais sobre certos assuntos. decidi que é melhor não pensar sobre tais assuntos. o melhor é agir. esperar e agir. esperar, respirar e agir. ah, que se foda a ordem dos fatos! o lance é mais ou menos por aí mesmo. um dia nós caímos duro e não sabemos nem o por quê. os seres humanos são movidos por seus sentimentos, e não pela razão. alguns carregam bons sentimentos, outros ruins. e não somos transparentes o suficiente para deixar nossas intenções bem claras, expostas como numa vitrine. pelo lado bom da coisa, se fosse assim, o mundo não conheceria as palavras "curiosidade" e "surpresa". ah, a surpresa... eu só quero ver...
quem nunca aceitou panfletos por pena do entregador? eu já cansei disso, e agora eu prefiro ignorar. cada um que eu ignoro é uma pontada na minha simpatia. ah, mas pensando bem, o cara já tá cansado de ser ignorado diariamente. um solitário nas ruas lotadas. um paradoxo vivo em cada esquina.
como já havia dito, cheguei mais cedo. the boss isn't here, o que torna minha sexta-feira muito menos apreensiva e dez vezes mais tranqüila. muito mais produtiva também, pois não recebo nenhuma outra tarefa aleatória e sem importância das mãos da querida "tia", tais como empacotar bugingangas, pendurar quadros, etc. aproveitei para pensar um pouco mais sobre certos assuntos. decidi que é melhor não pensar sobre tais assuntos. o melhor é agir. esperar e agir. esperar, respirar e agir. ah, que se foda a ordem dos fatos! o lance é mais ou menos por aí mesmo. um dia nós caímos duro e não sabemos nem o por quê. os seres humanos são movidos por seus sentimentos, e não pela razão. alguns carregam bons sentimentos, outros ruins. e não somos transparentes o suficiente para deixar nossas intenções bem claras, expostas como numa vitrine. pelo lado bom da coisa, se fosse assim, o mundo não conheceria as palavras "curiosidade" e "surpresa". ah, a surpresa... eu só quero ver...
quinta-feira, julho 21, 2005
Tentando reatar os laços
maldita calçada. desta vez não estava sozinho, muito pelo contrário. o dia é sempre mais cheio que a noite, coisa que não consigo entender o por quê. tentava, como sempre, me esquivar da moleza vespertina (para mim, matinal) e das pessoas por ela contagiadas, à minha frente. os sentidos se misturam nas calçadas lotadas. sons, odores, cores e papéis nas mãos, amassados, sem importância. muitos no chão, como meus olhos cansados e inchados. tento erguer um pouco a vista a fim de me alegrar com a cor do céu. sinto a brisa encher meus pulmões, fria, finalmente. a sensação me lembra a sensação de ontem à noite. um frio bom, talvez anunciando bons tempos futuros.
um grande amigo finalmente se rebelou: o sono. me abandonou nas horas em que deveria aparecer e me visita constantemente quando não deve. o que ganhamos com isso? somos uma equipe, meu caro, mas você está fazendo gol contra. isso me lembra as férias de 2002 quando me adoeci seriamente. não dormia direito, não me alimentava devidamente, estava só. foi uma grande batalha contra meu fiel amigo. as bebidas me consolavam, mas ao mesmo tempo me destruíam. uma cerveja cairía bem agora, enquanto estou sentado na frente deste computador, lutando para não pregar os olhos. colocaria os pés em cima da mesa, entornaria um longo gole, entoaria um belo arroto e seria mal visto por meus companheiros de trabalho. vida, vida... algumas pessoas simplesmente não sabem se divertir. e por isso trabalham. porra, o que eu tô fazendo aqui?
ora, nem tudo é tão ruim. reatei os laços de amizade com um querido amigo, de longa data. enfim, o cofee break!
um grande amigo finalmente se rebelou: o sono. me abandonou nas horas em que deveria aparecer e me visita constantemente quando não deve. o que ganhamos com isso? somos uma equipe, meu caro, mas você está fazendo gol contra. isso me lembra as férias de 2002 quando me adoeci seriamente. não dormia direito, não me alimentava devidamente, estava só. foi uma grande batalha contra meu fiel amigo. as bebidas me consolavam, mas ao mesmo tempo me destruíam. uma cerveja cairía bem agora, enquanto estou sentado na frente deste computador, lutando para não pregar os olhos. colocaria os pés em cima da mesa, entornaria um longo gole, entoaria um belo arroto e seria mal visto por meus companheiros de trabalho. vida, vida... algumas pessoas simplesmente não sabem se divertir. e por isso trabalham. porra, o que eu tô fazendo aqui?
ora, nem tudo é tão ruim. reatei os laços de amizade com um querido amigo, de longa data. enfim, o cofee break!
quarta-feira, julho 20, 2005
Penso, logo...
alguma nova decisão que eu me fiz tomar, errando por ruas, sem razão, tentando lembrar palavras que eu ainda não aprendi para justificar minha condição. no alto, a luz de algum andar, nos prédios da insanidade local. pessoas absorvem energia sem ter no que gastar. gastam sem pensar, em qualquer coisa.
rastros de um breve outono em folhas secas aos meus pés. são como anos que passei sem ter nas mãos objetivos claros para atingir. dinheiro. esse é o objetivo de toda pessoa despida de cinismo e hipocrisia. mas o objetivo consome o conquistador e se transforma em paixão, cega o sujeito, o ensurdece. as pessoas buscam tijolos sem ter cimento.
eu me considero ainda muito novo para entender essas coisas, ou sou muito ingênuo e por isso as ignoro. ou então o fato de eu as ignorar seja uma prova de maturidade, depende do ponto de vista. eu as enxergo, eu convivo com elas, mas não faço parte. dinheiro é bom, mas não é tudo. não há amizade que se compre, não há um beijo que se venda. não há cofre que comporte meus sentimentos por minha família.
com ela foi assim. se afastou, empederniu e resolveu mudar suas idéias, de chofre! foi vítima de seus objetivos. como quem corta um fio de arame no meio, ela, num átimo, rompeu nossa relação e focou seus grandes olhos negros na porta da frente, abriu-a, atravessou-a e bateu-a com força. ela não teve tempo sequer de ver a minha cara. trancou a porta e tal chave perdeu o uso.
nesses meses que se seguem, tudo me remete à ela. sempre acabo falando ou pensando nela. esse sou eu. ainda procuro palavras para minha condição. não existe um nome pra isso, um nome que diga tanto como "saudade", belíssima palavra. "sono", "vida", "amigo". quero uma palavra forte.
esse sou eu. reticências perdidas na calçada esquerda de uma rua vazia.
rastros de um breve outono em folhas secas aos meus pés. são como anos que passei sem ter nas mãos objetivos claros para atingir. dinheiro. esse é o objetivo de toda pessoa despida de cinismo e hipocrisia. mas o objetivo consome o conquistador e se transforma em paixão, cega o sujeito, o ensurdece. as pessoas buscam tijolos sem ter cimento.
eu me considero ainda muito novo para entender essas coisas, ou sou muito ingênuo e por isso as ignoro. ou então o fato de eu as ignorar seja uma prova de maturidade, depende do ponto de vista. eu as enxergo, eu convivo com elas, mas não faço parte. dinheiro é bom, mas não é tudo. não há amizade que se compre, não há um beijo que se venda. não há cofre que comporte meus sentimentos por minha família.
com ela foi assim. se afastou, empederniu e resolveu mudar suas idéias, de chofre! foi vítima de seus objetivos. como quem corta um fio de arame no meio, ela, num átimo, rompeu nossa relação e focou seus grandes olhos negros na porta da frente, abriu-a, atravessou-a e bateu-a com força. ela não teve tempo sequer de ver a minha cara. trancou a porta e tal chave perdeu o uso.
nesses meses que se seguem, tudo me remete à ela. sempre acabo falando ou pensando nela. esse sou eu. ainda procuro palavras para minha condição. não existe um nome pra isso, um nome que diga tanto como "saudade", belíssima palavra. "sono", "vida", "amigo". quero uma palavra forte.
esse sou eu. reticências perdidas na calçada esquerda de uma rua vazia.
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